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sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Personagens da História do Nascimento de Jesus

Personagens da História do Nascimento de Jesus
Pr. Isaías Oliveira Soares
1. Informações introdutórias: Toda história (verídica) ou estória (ficção) envolve vários elementos como sejam:

Espaço - É o local onde acontecem os fatos, onde as personagens se movimentam. Existe o espaço “físico”, que é aquele que caracteriza o enredo, e o “psicológico”, que retrata a vivência subjetiva dos personagens.

Tempo - Caracteriza o desencadear dos fatos. É constituído pelo cronológico, que, como o próprio nome diz, é ligado a horas, meses, anos, ou seja, marcado pelos ponteiros do relógio e pelo calendário.

O outro é o psicológico, ligado às lembranças, aos sentimentos interiores vividos pelos personagens e intrinsecamente relacionados com a característica pessoal de cada um.

Personagens - São as peças fundamentais, pois sem elas não haveria o próprio enredo.

Há a predominância de personagens que se destacam pelos atos heróicos, chamadas de principais, outras que se relacionam pelo seu caráter de oposição, as antagonistas, e as secundárias, que não se destacam tanto quanto as primárias, funcionando apenas como suporte da trama em si. São chamados personagens as pessoas e ou animais envolvidos na história (estória).

Narrador - É aquele que narra a história, atuando como um mediador entre a história narrada e o leitor/ouvinte. Classifica-se em três modalidades:

Narrador-personagem - Ele conta e participa dos fatos ao mesmo tempo. Neste caso a narrativa é contada em 1ª pessoa.

Narrador-observador - Apenas limita-se em descrever os fatos sem se envolver com os mesmos. Aí predomina-se o uso da 3ª pessoa.

Narrador Onisciente - Esse sabe tudo sobre o enredo e os personagens, revelando os sentimentos e pensamentos mais íntimos, de uma maneira que vai além da própria imaginação. Muitas vezes sua voz se confunde com a dos personagens, é o que chamamos de Discurso Indireto Livre.

Todos estes elementos correlacionam entre si, formando o que denominamos de enredo,
que é o desencadear dos fatos, a essência da história, a qual se constituirá para um desfecho imprevisível que talvez não corresponderá às expectativas do leitor.

Este, portanto, poderá ser triste, alegre, cômico ou trágico, dependo do ponto de vista do narrador.
2. Os personagens da História do Nascimento de Jesus:
a) Os profetas Messiânicos: As profecias messiânicas são o conjunto de mais de 300 previsões nas Escrituras judaicas sobre o futuro Messias (Salvador) do povo judeu e do mundo. Estas previsões foram escritas por vários autores, em numerosos livros, ao longo de um período de aproximadamente 1.000 anos.
Vejam os três profetas mais conhecidos dos que vaticinaram o Nascimento de Jesus:
1. Isaías: Ele nasceria de uma virgem (Isaías 7:14, Mateus 1:21-23, Lucas 1:26-35)
2. (Miquéias: Ele nasceria em Belém: Miquéias 5:2, Mateus 2:1, Lucas 2:4-7)
3. Malaquias: Ele seria anunciado por um mensageiro do Senhor (João Batista) (Isaías 40:3-5; Malaquias 3:1 / Mateus 3:1-3; 11:10; Marcos 1:2-3; Lucas 7:27).
• . “Tudo isso aconteceu para que se cumprisse o que o Senhor dissera pelo profeta...” (Mateus 1:22).
b) Os Anjos. Quando o Escritor aos Hebreus se referiu aos anjos, disse: ”Não são porventura todos eles espíritos ministradores, enviados para servir a favor daqueles que hão de herdar a salvação?” (Hb 1.14).
Os Anjos são criaturas puramente "Espirituais", são dotados de inteligência e de vontade: são criaturas pessoais e imortais. Superam em perfeição todas as criaturas visíveis. Eles existem desde o começo dos tempos e já se encontravam no jardim do Éden antes que Adão e Eva, fascinados, explorassem esta ampla terra a nós dada por Deus, e depois que os primeiros humanos foram expulsos do Éden por terem provado do conhecimento do bem e do mal, os querubins, que são uma das três ordens de anjos mais próximas de Deus, montaram guarda na porta oriental.
Suas espadas de fogo viraram-se em todas as direções para impedir-nos - Adão e Eva - de voltar para provar também da árvore da vida eterna. Um Anjo é um guardião, um mensageiro do Céu. Eles nos socorrem nos ajudam nos ungem de calma e serenidade. São portadores de mensagens ou de esperança. Eles nos guiam, nos ensinam, conduzem as nossas orações, nos conduzem na morte. E sempre estão a serviço de Deus, e não deles mesmos.
Os anjos são nossos companheiros por toda a vida.
As referências aos Anjos, na Bíblia, surgem cento e oito vezes no Velho Testamento e cento e setenta e cinco, no Novo, sendo que dessas, um total de setenta e duas aparecem no Apocalipse. Os anjos tiveram uma participação especial não somente no nascimento de Jesus, como em toda a sua vida. O fato mais importante a ressaltar, no entanto, é que no Novo Testamento, além de citações pelo próprio Jesus Cristo, os anjos aparecem servindo-o, como após sua tentação pelo diabo, na passagem do deserto, conforme Mateus 4:11.
c) Os pastores. “Ora, havia naquela mesma comarca pastores que estavam no campo, e guardavam, durante as vigílias da noite, o seu rebanho”. Lucas 2:8 Os pastores, representam o povo «que caminha nas trevas e que viu uma grande luz» (Is 9,1). Com efeito, havia aparecido a luz sobre os habitantes da terra de sombras e de morte. Os pastores viram os anjos que cantavam: “Glória Deus nas altura e paz na terra e boa vontade para com os homens”. “E aconteceu que, ausentando-se deles os anjos para o céu, disseram os pastores uns aos outros: Vamos, pois, até Belém, e vejamos isso que aconteceu, e que o Senhor nos fez saber.
E foram apressadamente, e acharam Maria, e José, e o menino deitado na manjedoura.
E, vendo-o, divulgaram a palavra que acerca do menino lhes fora dita;
E todos os que a ouviram se maravilharam do que os pastores lhes diziam” ( Luc 2.15-18).
d) Os Animais. Quem diria hein? O Filho de Deus foi um excluído da sociedade! Bem dissera Maria no seu Magnificat (também conhecida como Canção de Maria) em que Maria enaltece o nome do Senhor, manifestando sua gratidão aludindo à opção de Deus ao escolher um lugar tão inusitado para o nascimento de seu filho. Veja o que ela diz: “Disse então Maria: A minha alma engrandece ao Senhor E o meu espírito se alegra em Deus meu Salvador;
Porque atentou na baixeza de sua serva; Pois eis que desde agora todas as gerações me chamarão bem-aventurada,
Porque me fez grandes coisas o Poderoso; E santo é seu nome.
E a sua misericórdia é de geração em geração Sobre os que o temem.
Com o seu braço agiu valorosamente; Dissipou os soberbos no pensamento de seus corações”.
e) Os Poderosos: Depôs dos tronos os poderosos, E elevou os humildes.
Lucas 1:52
Interessante este fato. Os animais não tiveram problema para receber no seu seio o Filho de Deus. Afinal, são os animais agindo como gente. Um paradoxo. Pois há hoje gente agindo como animais. Deus nascido entre fraldas, na vila de Belém (em hebraico: casa do pão), numa noite de inverno. Eis o mistério emocionante do Natal cristão. Uma surpresa escondida no meio da noite. Um paradoxo de gratuidade frente à voracidade mercantil de nossos dias. A Igreja chamava esta festa de Festum Nativitatis Domini Nostri Jesu Christi, ou numa fórmula curta, Dies Natalis Domini. Daí a palavra Natal e por uma corruptela do sul da França, a expressão Noel.
O nascimento do Filho de Deus encarnado em nossa carne e vivendo nossa história é o grande segredo do Deus que por amor e por nossa salvação quis ser um de nós para nos levar um dia à sua glória e plenitude divinas.
Este é o mistério da fé. E é claro o grande segredo do amor. Quem ama se dá a si mesmo completamente e sem esperar troca nem pagamento. Ato gratuito e generoso. Ato de quem é Deus. E que prefere ser chamado secretamente de Deus-conosco. Um Deus nascido num barraco. Ou como dizem os nordestinos, Deus mais nós. Et Verbum caro factum est. E o Verbo se fez carne. Entre fraldas. Entre crianças. Entre pobres. Entre boi e jumento. Entre camponeses. Entre palhas. Entre nós. Este é o núcleo deste maravilhoso acontecimento. Os símbolos do conjunto natalino falam daquilo que sentimos n alma e queremos viver no existir.


Conclusão: O que queria Deus quando investiu tanto usando tantos elementos, desde o mais simples até o mais sofisticado dos elementos existentes na época. Com certeza Deus queria redimir o homem da sua queda e preparar para si um povo seu Zeloso e Boas Obras. ( Tito 2.14). Que neste Natal possamos vivenciar estes elementos contidos no Propósito Eterno de Deus, e tenhamos um Natal cheio da Graça de Deus! Boas Festas para todos. Pr. Isaías Oliveira Soares.

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